terça-feira, 10 de março de 2020

40 anos depois de sua morte, persiste a polêmica sobre John Lennon e sua fé em Jesus.





Apesar de John Lennon ser um dos maiores artistas do mundo desde meados do século XX, ele nunca esteve no centro das minhas atenções e eu nem lembrava que nesse ano completam-se  40 anos de seu assassinato brutal e muito menos que ele completaria 80 anos se estivesse vivo.


Apesar desse meu distanciamento,  ao  iniciar uma pesquisa por personalidades protestantes, um dos primeiros nomes que me ocorreu para verificar foi justamente o dele. E, de cara, estava lá:  John Lennon era Anglicano na infância.  Mas isso era apenas o início de uma série de fatos que eu desconhecia.


John Lennon teve uma vida em que a religiosidade esteve  sempre presente. Seja para buscar o sobrenatural, ou para dizer que nada existia. Ora atacava as religiões, ora dizia que qualquer uma lhe servia. Na música “God”, dizia que não acreditava em nada, apenas nele próprio. Noutra ocasião, buscou meditação transcendental.  Chegou a dizer que os Beatles seriam mais populares que Jesus e que o cristianismo sumiria do planeta antes da banda. Ao mesmo tempo, lia constantemente a Bíblia e dizia buscar nas escrituras inspiração de vida e musical. 


John Lennon foi um ícone do Rock e foi protagonista de uma geração que sacudiu as estruturas do mundo em 68. Eram tempos de jovens que cresceram no pós-guerra de uma Europa destruída, num mundo dividido pela Guerra fria e que, mesmo com o impacto devastador da Segunda Guerra Mundial, viu conflitos bárbaros na Coréia e Vietnã e em  tantos outros países na África e Ásia.


Foram anos de ditadores  nos países latino-americanos e Africanos. Sociedades milenares como Japão, Índia e China passaram por profundas transformações em virtude da Guerra, do Comunismo e de interesses econômicos e bélicos. A Grande Alemanha, palco da reforma protestante e nação com papel central nas duas guerras mundias foi divida ao meio por um muro que só caiu em 1991. 


As drogas tomaram conta da mente de milhões de jovens, passamos pela revolução sexual, vimos o surgimento da TV, da indústria cultural, filósofos decretaram a morte de Deus e execraram ainda mais as religiões, especialmente as de origem judaico-cristã.


John Lennon foi um adolescente e jovem nesse tempo e não esteve no mundo a passeio. Foi protagonista da história.


No desenrolar das leituras que busquei, fui identificando as idas e vindas de Lennon em relação ao Cristianismo. Pareceu-me uma pessoa em disputa interna e externamente. Experimentou de tudo. Substituiu a religião pelas drogas e meditação, repudiou a Igreja com seus líderes e regras. Buscou a liberdade plena para extrapolar os limites da consciência e do corpo  e virou refém da angústia e do vício. 


Na plenitude da produção artística e do ativismo cultural em meio  a todo essa turbulenta relação com o divino, Lennon deu um freio na vida e passou alguns anos dedicando-se ao filho que teve com Yoko. 

Há notícias de tentativas de suicídio e fez músicas que abrem especulação acerca de sua reaproximação com a Igreja protestante americana.  Ficou famosa uma polêmica envolvendo uma possível carta que teria escrito a Oral Roberts, Pastor Americano a quem  teria afirmado que errara ao se afastar de Deus. 

Sua mulher, Yoko Ono, a quem se reputa grande responsabilidade no fim dos Beatles,  acumula ainda acusações de ter se empenhado em afastar John de Jesus quando a artista tentou voltar a professar a fé protestante.


Todas essas questões tiveram na morte dele uma brusca interrupção, sem no entanto, fazer cessarem as polêmicas. O tema continua vivo após 40 anos. 


Da minha parte, acabei me vendo envolvido pela polêmica e surpreendido com tudo isso. 


Há livros sobre essa polêmica e a internet está cheia de material  sobre o tema. Em São Paulo, o MIS anunciou a exposição Jonh Lennon em Nova York por Bob Gruen. Além disso, acaba de ser lançado mais um livro nos EUA sobre a relação do artista com o Cristianismo - "John Lennon:  An  Analysis for Christians, de  Chet Jelinsk "  (ainda não lançado no Brasil  mas disponível na Internet). 







Da parte do nosso Blog, esse breve mergulho na história de Lennon só nos faz reforçar a percepção do quanto é preciso dialogar com os artistas, entendê-los e pregar a palavra de Deus a eles, evitando atalhos e tendo sensibilidade e sabedoria vindas do Espírito Santo.

Usando uma das principais canções do ex Beatle... Imagine.... Lennon verdadeiramente convertido.....


Enquanto isso, curta algumas canções de Jonh Lennon que falam de sua ligação com o tema da religião. O ano promete mais polêmica acerca do Génio.

Primeiro God, de 1970, onde ele nega toda forma divina formal.





E "Help-me to help myself " e "You saved my Soul", ambas feitas pouco antes da sua morte e  que refletem a possível reaproximação de Lennon ao protestantismo. 






https://www.youtube.com/watch?v=musbzUWbDpk


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